Dar pode ser bom…ou não…!
Ser altruísta é algo que somos ensinados a ver como uma virtude.
Mas o que é realmente ser altruísta?
Para mim ser altruísta é algo muito mais profundo porque é dar a partir do coração e tem de partir espontâneamente da alma, da essência do Ser Humano.
Dar com uma “agenda”, com um propósito de receber algo em troca, é uma forma de manipulação que leva à quebra de frequência na relação humana, porque quando quem dá não recebe o que esperava de quem recebeu vai viver sentimentos de frustação, amargura, desilusão..
E aquele que no início pareceu ser generoso na verdade não o é porque deu com origem na mente e no ego e não no coração.
Mas a lei da vida diz que para que qualquer relação seja saudável têm de existir benefícios para ambas as partes e deveríamos ser como os golfinhos que são realmente puros altruístas na sua acção para com os outros da sua espécie mas não têm qualquer dúvida que os seu “irmaõs” também o são e que estarão ali sempre para eles de forma natural, institiva, pura.
Dar a partir do coração pode elevar a nossa frequência para a verdadeira energia do Amor e tocar o Todo e não apenas a quem damos.
E quando damos algo a alguém com o coração, seja qual for a forma de energia com que o fazemos, ficamos mais felizes, mais saudáveis e elevamos a nossa vibração do sentido de vida com um próopósito maior.
Mas a sabedoria está também na escolha de a quem damos e o que damos.
Como Jesus disse, é saber escolher as sementes certas e colocá-las em solos fertéis. E não porque queremos ser nós a colher o fruto mas sim porque quem dá precisa de sentir que algum fruto sai do seu dar.
E já vários estudos contrariam a teoria da evolução da humanidade baseada na competição mostrando que a evolução da espécie humana só acontece quando existe a cooperação.
Sempre adorei matemática e consigo ver como a vida pode ser tão facilmente explicada por esta ciência abstracta, e quando digo que para mim 1+1=3 é apenas uma forma muito simples de explicar que quando dois seres se unem em amor, com origem no coração (seja profissionalmente, romântico, amizade..) há a criação de algo novo que é o 3.
E o dar ao outro deixa de ser pelo reconhecimento, pela carência, mas sim pelo desejo de criar!
Assim, dar sem consciência de tudo isto é apenas caridade, mas dar com consciência e em amor, é filantropia no sentido do verdadeiro amor à Humanidade e à sua evolução em consciência.
E quando quem dá e quem recebe está na mesma vibração de cooperação, uma música nasce pelas notas criadas em união que nos faz vibrar em alegria, entusiasmo, e aí percebemos e sentimos o siginificado de “Ser Amor”.

As pessoas, a vida, a natureza, a música, a escrita e tanto mais que me fascina não cabem em palavras, mas estas permitem-me partilhar algo da minha experiência pessoal e do que tenho aprendido com cada um de vós.